A atenção é um processo cognitivo que mobiliza outros processos, como a memória e a percepção, por exemplo. Nós sabemos por intuição que conseguimos mobilizar a nossa atenção, seja para coordená-la ou descoordená-la. No processo do Olhar Criador, lidamos com a atenção em duas dinâmicas: flutuante e dirigida.
Trabalhar a atenção flutuante constitui a dinâmica em que ampliamos a nossa disponibilidade para agir a partir dos muitos estímulos que nos convocam através das sensações físicas, e que se renovam a cada instante. É para nos soltarmos mais! Já trabalhar a atenção dirigida seria optar por deslocar o foco voluntariamente para lugares da atenção que estejam a serviço dos nossos propósitos expressivos determinados a priori, como por exemplo tópicos pelos quais você deseja passar ao longo de uma apresentação oral. É para nos organizar melhor! As duas dinâmicas acontecem juntas, já que a atenção flutuante é uma constante, que por isso mesmo merece ser treinada.
E qual é o papel dos movimentos do olhar em relação à atenção em nosso trabalho? Pois, é ampliar o contato que você tem com determinados lugares da sua atenção a cada momento.
Já parou pra perceber que quando você quer ouvir algo melhor ou se lembrar de uma palavra, por exemplo, você move os olhos como se buscasse encontrar a resposta através deles? Já parou para perceber também como os movimentos do olhar de alguém com quem você conversa revelam sobre como o pensamento dessa pessoa se comporta naquele momento? Isso porque os movimentos dos olhos e os movimentos da atenção têm uma correspondência muito direta e explícita!
Portanto, ganhar maestria em mover o olhar é para o Olhar Criador direcionar a atenção de maneira mais coordenada. É poder ampliar o contato com aquilo a que você deseja dedicar a sua atenção. Seja flutuando à deriva, ou dirigindo mais objetivamente o seu foco atencional.
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Atenção! Mas do que estamos falando?
